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UMA IDA AO CASINO

Há tanta coisa que sabemos sem sabermos que sabemos. Quantas vezes nos apercebemos de factos que não nos surpreendem em si, mas que nos surpreendem por nunca termos tido consciência de algo que nos parece óbvio, uma vez declarada ou explicada. Gostaria de testar esta teoria consigo, e ver se de facto o caro leitor sabe o que não sabe, mas que afinal sempre soube. Adiante.

Um grupo de 100 amigos (algo pouco provável, bem sei) decidem ir à aventura. Dirigem-se ao casino lá do sítio e combinam entre eles que cada um irá apostar tudo o que tem numa única aposta. O dito tudo ou nada.

Creio que não seja necessário expertise na matéria para adivinharmos o desfecho deste cenário. Talvez um ou dois sortudos sairão desta aposta com o jackpot. Talvez um, talvez nenhum. Em todo o caso, os restantes irão para casa falidos. Em qualquer casino a probabilidade no contexto de qualquer aposta implica sempre uma enorme assimetria para o lado do cliente. Ou seja, o risco cai invariavelmente sobre os ombros do apostador.

Até aqui não há grandes novidades, o leitor sabe que sabe isto.

Agora analisemos este caso, mas no individual. Um aventureiro, à procura de uma boa dose de adrenalina, decide ir ao casino e apostar tudo o que tem numa única aposta.  Por mero acaso sai-lhe a sorte grande. Vai para casa com as algibeiras anafadas. No dia seguinte faz o mesmo. Vai, aposta, e devido a um acaso ainda maior, ganha de novo. Fica histérico. Adivinhem o que ele decide fazer no dia seguinte? Será que esta audácia vencerá de novo a roleta russa? Em duas idas ganhou e bateu o sistema duas vezes. Um autêntico outlier. Mesmo assim sabemos que a terceira vitória não será minimamente provável, aliás, estará a perpassar o impossível.

A razão pela qual este desfecho não escapará ao senso comum é simples: as probabilidades inerentes a um grupo de 100 indivíduos (os tais amigos) num único momento (ida ao casino em grupo) e contexto específico (o sistema do casino com a vantagem assimétrica para a casa), é equivalente às probabilidades inerentes a um único indivíduo (o aventureiro)em 100 momentos (só irá duas vezes porque à terceira perderá tudo), nesse mesmo contexto específico (o tal sistema assimétrico do casino).

Daqui resultam duas ideias chave: Em qualquer realidade em que a vantagem tende invariavelmente para um lado, não há perícia nem sorte que fugirá ao destino; em qualquer realidade assimétrica, o individuo alongo do tempo sofrerá as probabilidades equivalentes às probabilidades de grupo num dado momento. Duas ideias que o leitor sabia sem saber.

E o que é tudo isto tem a ver com a coluna?

Tudo.

O leitor talvez não saiba que 85-95% da população tem queixas de coluna em alguma altura da sua vida. Que dores de coluna são o maior responsável pela limitação de atividade em pessoas com menos de 45 anos. Que problemas de coluna são a segunda razão de consultas médicas em Portugal e a segunda causa de absentismo laboral em Portugal.

Não esquecendo que as probabilidades inerentes a um grupo num dado momento são equivalentes ao indivíduo ao longo do tempo, percebemos que estes dados nos dizem respeito a todos.

Ou seja, nesta vida a nossa coluna não tem a vantagem do seu lado. Para a coluna o mundo é um casino. Com o stress, o sedentarismo, a poluição, as más posturas e acidentes de percurso, necessitamos de equilibrar a assimetria para o nosso lado.

A quiroprática, através de uma avaliação específica, ajuda a equilibrar essa assimetria através de ajustamentos (manipulações específicas) à coluna. Ajudando primeiro com a diminuição da dor para depois aumentar as suas capacidades.

E se o leitor não sofrer com dores na sua coluna?

Relembro-lhe que as probabilidades de grupo em relação à coluna são uma referência para a sua própria coluna e que quem decide ignorar estes dados poderá saber sobre si mais um facto que não sabia que sabia: uma predisposição camuflada para a aventura.

Zaca Soveral

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